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=Introdução teórica=
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Aqui vamos estudar um dos fenómenos mais familiares para os alunos de secundário: a lei dos gases perfeitos. Mais espe-cíficamente, a Lei de Boyle-Mariotte, que afirma que a pressão e o volume de um gás são inversamente proporcionais.
 
  
PV = constante
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==Introdução teórica==
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Nesta experiência vamos estudar um dos fenómenos particular da lei dos gases perfeitos: a Lei de Boyle-Mariotte, onde se constata que a pressão e o volume de um gás são inversamente proporcionais mantida a temperatura fixa, ou seja:
  
Esta relação matemática diz-nos que num gás perfeiro (explicar o que é um gás rarefeito/perfeito?), quando diminuimos o volume, a pressão a que o gás está sujeito aumenta. Este é o princípio de funcionamento de um manómetro.
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PV = constante = nRT
  
[https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/Druck_Manometer.jpg]
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Esta relação matemática diz-nos que num gás perfeiro quando diminuimos o volume, a pressão a que o gás está sujeito aumenta.  
  
Um manómetro é instrumento que mede a pressão de gases ou líquidos (?) que estejam dentro de um recipiente fechado. Para perceber um pouco melhor o seu funcionamento, vamos fazer uma experiência em casa.
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Para realizar a experiência necessitaremos de construir um manómetro para determinar a pressão uma vez que o vulome pode ser determinado por uma medida direta como veremos.  
  
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(foto de um manómetro)
  
=A experiência em casa=
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Um manómetro é instrumento que mede a pressão de gases ou líquidos. Para pressões baixas e proximas da atmosfera poderemos construir um manómetro simples recorrendo a uma simples coluna de água.
  
Os ingredientes para esta experiência são:
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==A experiência em casa==
* Uma seringa grande (definir tamanho)
 
* Um tubo transparente (loja de bricolaje?)
 
* Água qb
 
  
Une-se a seringa ao tubo, de maneira a que não haja fugas de interface. Enchemos o tubo com àgua de maneira a que o nível esta esteja à boca da seringa, mas não da outra ponta do tubo (o tubo deve ser fixado asimétricamente). Variando a posição do êmbolo da seringa, estamos a variar o volume do ar dentro dela. O aumento de pressão, e não esquecer que a pressão é uma força por unidade de área, vai empurar a água dentro do tudo. Sabendo a massa de água dentro do tubo podemos estimar a força que a empurra e, consequentemente, a pressão.
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Os comp+onentes necessários para esta experiência são:
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* Uma seringa de 100 ml
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* Um tubo plástico flexivel transparente com diametro interior de 4 mm
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* Água qb
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* Corante alimentar
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* Fita métrica
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* Suporte
  
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Coloca-se o tubo numa configuração em ''U'' e enche-se a meia-altura com a água previamente misturada com um pouco de corante. Une-se a seringa ao tubo, de maneira a que não haja fugas na ligação, podendo usar-se uma cola vulgar de PVC. A seringa deve estar com o êmbolo expandido mas não no fim de escala (~90ml).
=A experiência no e-lab=
 
  
http://www.elab.ist.utl.pt/wp-content/gallery/boyle-mariotte-law/dsc_9672.jpg
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De seguida determina-se para vários valores do volume da seringa (ex. 80 ml a 100 ml) o diferencial na altura das duas colunas de água. Deve-se varrer várias vezes o volume de modo a poder concluir sobre o erro experimental.
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O comprimento do tudo ligado à seringa com ar permite calcular o volume total de ar pela adição com o volume da seringa.
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A diferença entre a altura do liquido permite estabelecer o valor da pressão pela fórmula:
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<math>P_h= \mu gh=K \times h</math>
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onde a constante K é de 9800 Pa/m ou 9,8 Pa/mm.
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''É muito importante não abraçar a seringa com a mão porque a temperatura do corpo iria afetar a temperatura do ar na seringa e a constante nRT seria definitivamente afetada.''
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O ajuste numérico deve ser efetuado com um parâmetro livre de volume (V<sub>0</sub>) para o ajuste aos erros sistemáticos nesta medida (por exemplo o volume do cone de ligação na seringa e o tubo usado na ligação).
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De seguida apresentamos um gráfico do resultado obtido.
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O ajuste foi efetuado com recurso ao MSExcel.
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\begin{cases}
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P(V)_{experimental}=9,8*(l_{h1}(V)-l_{h2}(V))+101300
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P(V)_{ajuste}=K/(V_{total}+V_0)=K/(V+l_{h1}(V) *\pi * r_{tubo}^2 + V_0)
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\end{cases}
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(equação de ajuste, parametros livres V<sub>0</sub> e K)
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==A experiência no e-lab==
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[[File:MontagemPV.jpg|thumb|A montagem da experiência PV.]]
  
 
A experiência do e-lab é semelhante à que é feita em casa, excepto que em vez de água para medir o deslovamen-to/volume, aqui usamos um sensor para medir a pressão com mais precisão. A montagem consiste num cilindro cheio de ar, cujo êmbolo é movido por um pequeno motor electrico. O par cilindro / êmbolo é implementado com uma seringa de 5cc.
 
A experiência do e-lab é semelhante à que é feita em casa, excepto que em vez de água para medir o deslovamen-to/volume, aqui usamos um sensor para medir a pressão com mais precisão. A montagem consiste num cilindro cheio de ar, cujo êmbolo é movido por um pequeno motor electrico. O par cilindro / êmbolo é implementado com uma seringa de 5cc.
  
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Na sala de controlo podemos escolher os volumes inicial e final. Há que notar que podemos correr a experiência como compressão ou expansão. O tempo entre aquisições permite-nos controlar o tempo da experiência. É importante prestar atenção a isto, pois o a lei em estudo só é válida para transformações adiabáticas.
  
Na sala de controlo podemos escolher os volumes inicial e final. Há que notar que podemos correr a experiência como compressão ou expansão. O tempo entre aquisições permite-nos controlar o tempo da experiência. É importante prestar atenção a isto, pois o a lei em estudo só é válida para transformações adiabáticas.  
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[[File:ControloPV.png|thumb|Sala de controlo da experiência.]]
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No final, obtemos uma tabela de resultados em que cada linha corresponde a uma amostra. As colunas que nos interessam são a pressão e o volume.  
  
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[[File:ResultadosTabelaPV.png|thumb|Exemplo de uma tabela de resultados.]]
  
No final, obtemos uma tabela de resultados em que cada linha corresponde a uma amostra. As colunas que nos interessam são a pressão e o volume. Podemos apresenta-los graficamente:
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Podemos apresenta-los graficamente:
  
 
(Fazer o plot dos dados no excel ou no fitteia)
 
(Fazer o plot dos dados no excel ou no fitteia)
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(fazer o ajuste)
 
(fazer o ajuste)
 
  
 
Para além disso, podemos também estudar a constante dos gases perfeitos.  R = P*V / n*T
 
Para além disso, podemos também estudar a constante dos gases perfeitos.  R = P*V / n*T

Edição atual desde as 11h48min de 5 de janeiro de 2016

Navegação: Mysolutions > MOOC FEX > PV

Introdução teórica

Nesta experiência vamos estudar um dos fenómenos particular da lei dos gases perfeitos: a Lei de Boyle-Mariotte, onde se constata que a pressão e o volume de um gás são inversamente proporcionais mantida a temperatura fixa, ou seja:

PV = constante = nRT

Esta relação matemática diz-nos que num gás perfeiro quando diminuimos o volume, a pressão a que o gás está sujeito aumenta.

Para realizar a experiência necessitaremos de construir um manómetro para determinar a pressão uma vez que o vulome pode ser determinado por uma medida direta como veremos.

(foto de um manómetro)

Um manómetro é instrumento que mede a pressão de gases ou líquidos. Para pressões baixas e proximas da atmosfera poderemos construir um manómetro simples recorrendo a uma simples coluna de água.

A experiência em casa

Os comp+onentes necessários para esta experiência são:

  • Uma seringa de 100 ml
  • Um tubo plástico flexivel transparente com diametro interior de 4 mm
  • Água qb
  • Corante alimentar
  • Fita métrica
  • Suporte

Coloca-se o tubo numa configuração em U e enche-se a meia-altura com a água previamente misturada com um pouco de corante. Une-se a seringa ao tubo, de maneira a que não haja fugas na ligação, podendo usar-se uma cola vulgar de PVC. A seringa deve estar com o êmbolo expandido mas não no fim de escala (~90ml).

De seguida determina-se para vários valores do volume da seringa (ex. 80 ml a 100 ml) o diferencial na altura das duas colunas de água. Deve-se varrer várias vezes o volume de modo a poder concluir sobre o erro experimental. O comprimento do tudo ligado à seringa com ar permite calcular o volume total de ar pela adição com o volume da seringa. A diferença entre a altura do liquido permite estabelecer o valor da pressão pela fórmula:

[math]P_h= \mu gh=K \times h[/math]

onde a constante K é de 9800 Pa/m ou 9,8 Pa/mm.

É muito importante não abraçar a seringa com a mão porque a temperatura do corpo iria afetar a temperatura do ar na seringa e a constante nRT seria definitivamente afetada.

O ajuste numérico deve ser efetuado com um parâmetro livre de volume (V0) para o ajuste aos erros sistemáticos nesta medida (por exemplo o volume do cone de ligação na seringa e o tubo usado na ligação).

De seguida apresentamos um gráfico do resultado obtido.

O ajuste foi efetuado com recurso ao MSExcel.

[math] \begin{cases} P(V)_{experimental}=9,8*(l_{h1}(V)-l_{h2}(V))+101300 \\ P(V)_{ajuste}=K/(V_{total}+V_0)=K/(V+l_{h1}(V) *\pi * r_{tubo}^2 + V_0) \end{cases} [/math]

(equação de ajuste, parametros livres V0 e K)

A experiência no e-lab

A montagem da experiência PV.

A experiência do e-lab é semelhante à que é feita em casa, excepto que em vez de água para medir o deslovamen-to/volume, aqui usamos um sensor para medir a pressão com mais precisão. A montagem consiste num cilindro cheio de ar, cujo êmbolo é movido por um pequeno motor electrico. O par cilindro / êmbolo é implementado com uma seringa de 5cc.

Na sala de controlo podemos escolher os volumes inicial e final. Há que notar que podemos correr a experiência como compressão ou expansão. O tempo entre aquisições permite-nos controlar o tempo da experiência. É importante prestar atenção a isto, pois o a lei em estudo só é válida para transformações adiabáticas.

Sala de controlo da experiência.

No final, obtemos uma tabela de resultados em que cada linha corresponde a uma amostra. As colunas que nos interessam são a pressão e o volume.

Exemplo de uma tabela de resultados.

Podemos apresenta-los graficamente:

(Fazer o plot dos dados no excel ou no fitteia)

Podemos representar estes dados na forma de gráfico. Imediatamente vemos uma relação 1/x. Podemos fazer directamen-te o ajuste a esta função.

(fazer o ajuste)

Para além disso, podemos também estudar a constante dos gases perfeitos. R = P*V / n*T